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domingo, 19 de dezembro de 2010

Mountain Men

as: tenho estado ausente por total falta de inspiração e acontecimentos legais, minha incontável horda de... 2 fãs.

John decidiu que sua vida estava muito parada, estática, algo deveria ser feito para que ele se sentisse bem com suas capacidades físicas, decidiu pelo alpinismo.

Mas para escalar montanhas realmente desafiadoras, era necessário muito treino , muita dedicação.Isso não importava, tempo não lhe faltava e ele pôde se dedicar intensamente à sua preparação.

Depois de meses, se sentiu pronto, e finalmente subiu uma grande montanha.Não, não era o Everest, nem o K2.Na verdade não era nem o Aconcágua,era a pedra da Gávea.

John teve medo de investir-se contra os maiores desafios e fez algo que achava que lhe fosse dar uma paz de espírito, mas tudo o que conseguiu foi uma sensação inexorável de fracasso, por se preparar para o topo e fazer praticamente uma caminhada nas pedras.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Un peu d'espoir

J'ai ces frustrations qui courent dans mon corps,quand elles en sort, le sang se tourne en peinte et comme magique elles sont au papier.

Le papier qui était seulement une morceau de quelques molécules est maintenant un part une partie de mon sang.

Ces frustrations me sort mais mon coeur pompe plus et plus.Être perdu aux les ailées d'amour c'est pas la nouvelle, la nouvelle est ma incapacité de penser en autre chose, a ce moment aucune personne a d’importance, aucune moment joyeux me laisse heureux, comme si le tempe a arrêté.

Mais le tempe arrête jamais, les moment magiques et les problématiques seront part d'un passé distant en quelques jours.

Le problème n'est pas la grief, mais l'espoir que finisse jamais, être idiot ne ce pas logique ou facile, être idiot c'est une art que j'ai perfectionné quand l'espoir et la contemplation étions ma vie.

L'espoir des idiots s'arrête pas.


ps.Mon français écrit c'est pas une merveille.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Moon, Turn the Tides...Gently Gently Away

John always wanted to see the big tide coming,and so he waited there, tide in tide out, patiently for the tide that would change his life and finally make that poor bastard happy.

Other rivers were having their oh so important tides all over, but it never really mattered to him, as that was the only tide that he wanted to see was right in front of him, that was the one that mesmerized him, made him dream and eventually project about things.

After long waiting the tide came but happiness wasn't together, the tide wasn't willing to go all the way and that broke a bit of young John as he had high hopes for that big turning tide.

But in the end, what has the tide anything to do with it? Tide never asked for such devotion,tide never wanted his love, tide was being tide.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Por que não?

John era um rapaz sozinho, não gostava de assim ser, mas não conseguia mudar esse status,trabalhava demais, não se achava bonito o suficiente, interessante o suficiente, sempre achando defeitos que o impedissem de agir.

Mas, ao ver todos os seus amigos felizes e namorando ou pelomenos com alguém e se ver sem sequer uma companhia para acompanhá-lo nas suas saídas de certa infrutividade ele se viu totalmente perdido, sem perspectivas.Com 35 anos, morando com os pais e sem nunca ter namorado, viu em uma prostituta sua unica saída.

Apesar de parecer uma escolha óbvia e muito apoiada por seus amigos, John muito relutou, achava algo muito inglório, degradante.Tinha certeza também que seria algo que não lhe daria satisfação, ainda que lhe desse muito prazer.Contudo, depois de tanta solidão, não haviam mais argumentos contra.

Então ele foi a uma dessas casas onde meninas se vendem em grupo e, no lugar de sexo fácil,John achou uma opção que lhe agradava mais, a Girlfriend Experience .Basicamente ele escolheu uma garota para agir como sua namorada, sempre que ele requisitasse, mediante uma larga quantia semanal de dinheiro.Quantia que ele tinha, mas não por muito tempo.

Mas ele tinha dinheiro para 2 meses e achou que valeria apena ser introduzido no mundo do namoro( ainda que pago).E a doce Mary, a sua escolhida, uma rara ruiva natural na cidade do Rio de Janeiro, foi a melhor namorada que o dinheiro podia comprar, atenciosa, gentil com os amigos e com os pais de John e, como não podia ser diferente em sua profissão, uma amante intensa.

Como todo o homem inexperiente,se apaixonou loucamente.Mas seu dinheiro simplesmente não bastava para continuar a relação e John resolveu, pela primeira vez na vida, arriscar, abrindo seu coração, dizendo que esses foram os dias mais felizes da sua vida e que eles podiam ser felizes juntos.

Mary, apesar de balançada pelo apelo de John, não aceitou.Ela ganhava muito bem e não se importava em morrer um pouquinho a cada namorado pago que arrumava.

John perdeu a batalha, ficou arrasado, mas depois de um tempo, se viu pronto pra guerra.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cheating Heart

John met his girl Mary at University,she was pretty and all,smart and all, caring and all, so it seemed to be a good partner after all.

And so they married just after graduation ,soon had a pretty young boy named George, the family pride.It looked like a truly joyous couple was blooming, a kind that one wishes to be in and all her friends were kind of envious seeing John's perfection as a husband - caring,strong,intense lover and a problem solver, as Mary liked to point out ( specially the 3rd quality).

But Mary and her friend were unaware that oh so perfect Johnny boy lead a bit of a double life of his own.Though his marriage was really above that average of bored people,after all those years he still felt some sort of emptiness, couldn't understand the fact that at the hight of his life, at 27, he was already married for four years.

To try to reanimate himself John decided to create a game with his pub's mates.He waged that he could "hunt any bird" that they pointed to.The girls actually felt for his moves (and his Aston Martin,perhaps) and at that moment, shagging a random 21 year old in the back of his car, he felt as alive as he could, like a true man, unlike his poor old emasculated friends, all married too.

The power of making any knickers dropping at his command was a rush that wouldn't go away, even when all his friends told him to stop and quitted the little game.The money was unimportant, he had plenty,all he cared was his high of the adrenaline of the forbidden combined with the good old endorphine.To get that, he even waved love goodbye.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Happiness is a warm gun

I always wanted that job, now I have it but I'm not happy,
for long saved to buy that car, I've got it, but I'm not happy
fancied that oh so fair woman, I shagged her, but I'm not happy
wanted a bigger place, got it, but I'm not happy,
as buying all those designer clothes I thought I had to have didn't
waited ages to see my team win the League, they won, but I'm not happy

I guess I'll just keep aiming higher until I fail, so I can actually have a socially accepted excuse to be as sad as I am

domingo, 5 de setembro de 2010

Diário das estações

Lembro a todos que meu textos são apenas isso, textos e ocasionalmente são escritos na 1ª pessoa,isso não é um desabafo ou algo do gênero


Como um forte inverno siberiano minha alma se encontra, gélida e estéril por metros e metros a fundo, mas com um fértil solo esperando o raiar do 1º sol da primavera para poder romper essa branca crosta que a envolve.

E no frio nada sinto, tudo é constantemente dormente. A unica fonte de calor que tenho não vem por meses e nenhuma gota degela

Maldito sol que me rejeita, que me faz pensar que sou permafrost , que congelado é o único estado que possível e que nem no evento da primavera chegar serei quebrado dessa cúpula de implacável gelo.

Mas a primavera veio, ou um veranico , não sei, e algumas gotas degelaram, insuficientemente.O sol se foi e as cores de fato parecem brilhar menos, mesmo os intermináveis tons de branco.

Para que cresçam salgueiros e roseiras e meu ecossistema não seja um de sobrevivência, necessito de uma longa primavera e um forte verão ibérico.


domingo, 29 de agosto de 2010

Outsiders

John had a problem, he thought that people needed him.

He always felt that his presence and caring were essential to some of his friends' lives, that those people would be far worse then they are now without him.

It could be actually true, but to be there for those half a dozen friends he had to give away lots of personal time and obviously, a lot of his peace of mind.

Helping some mates out wasn't bad, the issue was that afterwards he felt really, really confuse, like he was irrelevant to those people lives, getting to know every dirty little secret and trying to sort them could never be enough as John never was to be really engaged in that imaginary door witch only the ones who are truly loved get to enter.

The poor bloke was just an outsider inside someone's mind.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Desolation row

John era sozinho, ainda que rodeado de pessoas, gritava desesperado através das brumas do sarcasmo por uma mão para lhe puxar da escuridão que dominava seu ser.

As concessões, por vezes monumentais que fazia, deixando-o com toda a sorte de sabores amargos em sua garganta, desde o emasculamento a pura impotência, ele fazia simplesmente para não se quedar na mais absoluta solidão, a física, mesmo que isso lhe causasse imensa dor, logo ali , a 1 cm de profundidade em sua pele, mas ainda que próxima, invisível.

Depois de tanto tempo ver suas emoções represadas para que não vissem sua dor, mas esperando que encontrassem a agonia, resolveu fechar cada brecha, abrir mão de mais sentimentos, se retrair ainda mais, em um ser mais insensível.

Achou por bem se tornar um ser que rumina e lê, uma máquina orgânica que não interage, um cardamomo hidráulico

terça-feira, 20 de julho de 2010

Isis

John was sort of spoiled, not an only child but had that first born son status that makes so many man regin over their sisters. Everything he wanted was rapidly handed to him, no sweat needed, with a snap of fingers he was handed food, clothes... One day he decided he wanted an exchange programme.

His mother hesitated for the first time in her life- she wanted her baby close, couldn't bear being an ocean apart from her boy- and tried to demove him from the idea, but as resillient as most spoileds are, he eventually broke his mother and went away for a couple of months.An englishman like him wouldn't study french in France, not because of the froggy bastards, but because the idea of having his mother a eurostar away was rather disturbing, he really wanted to get away from all that pampering.

So he went to Montréal, a friendly and rather cheap place just on the other side of the puddle.When he got there, he was all joy and freedom, it took a couple of hours, arriving at his room, to actually realise the situation- there was no mum to unpack his things- what was he to do?Well, he just left the whole thing packed, just retreiving the essentials.

And he procrastinated a whole lot of things he should have done in his first days, such as purchasing water , soap, bread... after 4 days that boy was trully a mess.Aknowledging all the destruction he made to his room- a complete mess-, to him - a dirty mess- and to his budget - greetings from Starbucks- he grew, not physically, certainly not emotionally, but mentally.

John made his room tidy, bathed properly, shaved, and started to take breakfast home, a cheaper, yet planning needed thing.Far from his mother's grasp, a man was born.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Down at the end of the road

Augusto era o último homem da terra. Não , o mundo não acabou, não para os outros ao menos. Vivia sozinho no seu pedacinho de terra, onde plantava o que precisava, sempre sozinho sem ao menos uma visita ou sequer um sinal de civilização.

É assim porque cansou,de se enganar, de sofrer, de tentar. Chegou a conclusão que seus amores haviam sido em vão, nunca correspondidos, sempre no momento e na hora errados, e que as pessoas que com ele se importavam , não o faziam de uma forma que o fizesse se sentir acolhido.Descobriu também que todo o seu conhecimento não serviria de grande coisa, que conhecer alguém é muito mais eficiente do que simplesmente conhecer.

Resolveu ser ele mesmo, na verdade, descobrir isso. De sua velha vida não levou nada, nem a foto de seu grande amor, deixada para as traças juntamente com o resto de suas coisas,fúteis memórias, pensava. Apartir daquele dia não se preocupou com mais nada, cabelo, barba, apenas com suas necessidades mais primárias.Se privou de qualquer comunicação, virara animal social mudo.

E nessa vida sem música, sem amor, sem sorrir,sem sequer falar, pode ver que mesmo assim vivia muito melhor do que muitos, que nem sonham em ter o que se privou voluntariamente.
Gente que chora até dormir, desiludida.

Seu grande remédio para solidão foi se dedicar verdadeiramente a ela, no mais absuluto breu da solidão pelomenos não há a esperança de que alguém virá para aplacá-la.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Killer Queen

Eu e meus amigos resolvemos nos vestir de mulher no primeiro dia de carnaval, sabe como é né, pareceu engraçado na hora e, talvez eu chamasse mais atenção desse jeito.

Enchemos todos a cara e nos divertimos como nunca havia antes;"devem ser as roupas" , pensei.Então resolvi repetir a dose na noite posterior, carregando-o pelos 5 dias de carnaval, sempre com um vestido curto e maquiado.

Aquilo foi me tomando de uma forma estranha, me sentia mais solto ao estar com roupas de mulher,mais eu,sabe como é?Doido para recuperar essa sensação , não resisti até o próximo carnaval e em abril aproveitei uma saída da minha namorada e coloquei as roupas dela.Quanta diferença no meu humor.

Já que tudo na minha vida parecia melhorar depois de colocar um vestido por um tempinho, passei a criar as mais variadas desculpas para ficar sozinho no quarto da minha namorada, para poder experimentar algumas coisas com calma, sabe como é?

Infelizmente, tudo que é bom acaba e , em uma das minhas sessões de terapia, eu rasguei o vesido favorito dela de lado a lado, não havia mentira que eu pudesse criar para explicar aquilo, então tive que ir de verdade mesmo, confessei tudo, dos vestidos aos sapatos.

"Eu sei disso tudo faz tempo", disse ela" ou você acha que uma mulher não nota sua maquiagem sumindo e seus vestidos esgarçando", completou.Mas não houve briga, nem um grito sequer, ela apenas se sentou ao meu lado, me abraçou e disse para fazer o que eu quisesse.E era exatamente o que eu precisava ouvir para deicar de prestar atenção à todos os preconceitos e barreiras que eu colocava à minha frante e resolvi adotar isso como um estilo de vida; virei Drag Queen.


Tudo por causa do carnaval, tudo graças à ele.

obs. isso é um texto puramente ficcional, ele só está em primeira pessoa por influência de Anthony Burgess.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Too old to rock n' roll, Too young to die!

Aging wasn't an option as Wanda sees medicine as a way to perpetuate her youth.

Youth was indeed her hailed word and to seek the grail of looking like 30 she underwent several procedures,stretching her skin all the way, tucking everthing that started to fall in.Wanda started to looks more like plastic than being.

That mad youth obssesion eventually drove her 25 years long marriage to the woods, and she as a single woman, had "no choise" but to undergo a full body liposuction.

The doctor that performed all her prior enhancements,as she liked to call tham,said he wouldn't risk her life over this, he wouldn't operate her for the 3rd time this year,the doctor askerd her to try to have a healty lifestyle to keep what she had well, instead of the constant fixings.Wanda felt offended and left the clinic to search a doctor with the same line of thought as her's.

As finding willing lawyers and doctors ins't really searching for a needle in te haystack,at the same building an other surgeon fell completely well in operating.

Happy as she only gets in the pre-op,Wanda gladly went in the procedure room, but unfortunately her young visage had nothing to do with the rot inside, as the heart couldn't cope with yet another anesthesia and gave away.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Hunting girl

Mary era filha única e seu pai resolveu criá-la como se fosse um garoto,o filho que não teve,ensinou-a sobre carros,esportes e,como todo bom homem naquela família americana a caçar.Não que sua família dependesse da caça para sobreviver,mas a matança para ouvir o corpocair, também conhecida como caça esportiva, era uma tradição a qual Mary teve de honrar desde pequena.
Aos 10 anos já ia às temporadas de peru e faisão com seus pais,tios eprimos.Como toda mulher,atenciosa aos detalhes,possuía incomum facilidade para achar seus alvos,e assim, matar muito mais do que qualquer um de seus primos conseguia àquela idade.
Quando fez 18,nada de viagem à Europa ou à New York para fazer compras,Mary pediu para ir ao Alaska para caçar ursos, o grande desafio do caçador da América do Norte.
E então foram os dois, sem guia, se embrenhar na mata desconhecida para matar ursos negros.
Duas semanas se passaram e,com a frustração de não terem abatido um ursinho sequer,resolveram voltar.Contudo,a falta de baterias do GPS aliadas a total incapacidade da dupla de ler mapas os deixaram perdidos à própria sorte na terra dos ursos.Suas provisões já haviam acabado e a fome de dias já atrapalhava o progresso da dupla,decidiram então por usar seus rifles e caçar alguma coisa, qualquer coisa.
A habilidosa Mary não levou muito tempo para encontrar um jovem cervo,mas sua fome prevaleceu, fez com que ela se precipitasse, caísse nos arbustos à sua frente.Isso seria algo que normalmente afastaria um animal, mas não esse, o cervo permaneceu inerte, olhando profundamente nos belos olhos verdes da jovem por um longo minuto, como se deixasse ser abatido.
A caçadora não hesitou,abatendo o cervo com um certeiro disparo na cabeça.Naquela noite comeu pela primeira vez em sua vida algo que havia matado, e era bom, mas aquela imagem do animal abaixando a cabeça, pedindo a bala a fez pensar.
O animal não era mais um só alvo,toda aquela ritualísitca da caça por entreterimento havia perdido a lógica.
Eles foram resgatados no dia seguinte e, antes de partir no helicóptero, Mary resolveu enterrar seu rifle naquela floresta,junto das víceras de sua última vítima, a única verdadeira, para nunca mais caçar novamente

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Little bits of Hipocresy [4]

Direitos humanos para humanos direitos!! Não podemos tratar bem esses marginais afinal, foram eles que causaram aquilo a si próprios e agora me vem com esse papo de tomar banho todo o dia, superlotação, tuberculose, comida ruim...isso tudo é inaceitável, só não é pior que proteger aqueles moleque marginaizinhos de rua com aquela ECA de estatuto, eles ficam por aí só nos marcando, ganhando comida boa e aprendendo a roubar.
Por mim estariam todos encarcerados, longe do convívio com pessoas de bem como eu e meus filhos.
Eu também batalhei, não ganhei carro quando fiz 18 não, tive que esperar até os 20 para papai me dar um puma.

domingo, 16 de agosto de 2009

17

17 anos na polícia.Gilvan não consegia acreditar que sua condecorada carreira na corporação ia acabar assim:Com um cheque de inválido do INSS.O policial tomou um tiro na perna durante uma tentativa de roubo, e agora , aos 40,se vê preso a uma bengala.
O SUS não conseguiu colocá-lo em um programa de reabilitação,então sua lesão se tornou permanente, seus dias fazendo o que amava estavam terminados.
Ele bem que tentou arrumar um serviço de quartel, mas o comandante do batalhão não o quis lá, sabia que na 1ª emergência ou falta de colega Gilvan estaria dentro de uma viatura.Se Gilvan entrasse na farda, iriam tirar a sua.
Seu mundo acabou,ele ficava angustiado, sem saber o que fazer, até o dia em que sentou na poltrona da sala e ficou admirando o nada, passavam-se horas, dias, e nada.Era como se sua alma estivesse morta.
Janete,sua esposa, fez de tudo para animá-lo,mas ao ver que nada funcionava viu que devia levá-lo ao psiquiatra.Gilvan disse não,e então, com um vigor que não demonstrava há meses bradou:
-Que deem a vaga para alguém que possa recuperar a alma.
Então Janete cuidou do amor de sua vida que estava morto.

sábado, 15 de agosto de 2009

Magnifiscent Seven (or five thirty)

0530, hora de acordar e fazer o café.O dia, como sempre, vai ser longo e, sem cafeína não chegaria na metade dele.Com a mesa pronta,vou acordar o marido e as crianças,não tenho muito tempo, trabalho duas conduções daqui.
Às 0800 já estou pontualmente na casada minha patroa, arrumando a cama dela e de seus filhos( o que me fez lembrar que não conferi se os meus arrumaram a cama) para depois começar a faxina sagrada que minha patroa faz questão de ser diária, perfeita e sem poder atrasar o almoço, que deve ser servido impreterivelmente ao 1200.
Perto das onze ainda estou faxinando,afinal são 230m² cheios de móveis que parecem ter sido desenhados para maximizar o acúmulo de poeira.Pra ser sincera, não deu para limpar embaixo de tudo, afinal tinha um almoço para 4 à preparar.
Essa patroa me fez um cardápio do que quer comer, aliás, falando nisso, dia desses descobri porque em uma dessas reuniões que ela faz com as amigas.Pra ela comida de pobre é só fritura.Enfim, almoço servido,devorado porque a minha comida de pobre é irresistível.
Parte da tarde, hora de limpar o fogão e lavar e passar a roupa dos 4 daqui, o que me faz lembrar que tenho roupa de 4 na minha casa também.
Seis da tarde,dez horas após minha entrada,o que é coisa que só empregada( desculpe, as patroas de hoje em dia nos preferam chamar de secretárias, pra levantar nossa moral, eu acho.O que levantaria minha moral era receber duas horas extras diárias.) faz mesmo.
Sete e quarenta, chego em casa e viro donadecasa[ tem hífen?], faço a janta e depois vou passar as roupas que a máquina lavou durante o dia.
Vou pra cama depois da novela, meu único momento de descontração.O João já sabe que no dia de passar roupa nem adianta cutucar que não tem, só quero dormir.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Fiddle About

Eu sempre a desejei,sempre a quis, mas ela tinha namorado e então deixei pra lá.
Quando ela terminou com aquele babaca ,que não a tratava como se deve tratar uma verdadeira dama,eu logo fui atrás,para mostra-lá que o homem de seus sonhos sempre esteve pertinho e ela nunca soube.
Ela disse não,nem quis ouvir o quão lindo achava seu cabelo, quão macia sua pele, quão belo seu rosto...Mas eu entendi tudo, ela estava abalada de seu último relacionamento e precisava sentir o amor de verdade.
Convenci-à jantar comigo, mas foi tudo meio estranho, estava claro para mim que a doce menina não estava habituada à presença de um verdadeiro macho como eu.
Levei-a para casa, ela veio se despedir e eu logo vi que ela queria um beijo,então fui de encontro àqueles carnudos lábios.Ela me bateu, perguntou o que eu estava fazendo,ali eu vi que e havia a conquistado.
Então fomos para uma praça vazia,fizemos sexo por horas, ela parecia uma atriz pornô,gritando seus NÃO! e PARE!.Aposto que teve vários orgasmos.Após tudo terminado a deixei em casa e fui dormir o doce sonho dos amantes.
Uma pena que ela sumiu do trabalho, dizem que ela tirou uma licença, outros que se mudou para o Mato Grosso,deve estar se fazendo de difícil comigo


Mas já,já eu encontro a minha doce amada novamente...ah,se encontro

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Road Trippin'

Era uma família sem muita grana, mas que adorava viajar.Para estar sempre na estrada, faziam um belo planejamento,procuravam a baixa temporada dos destinos e, quando tudo isso ainda fazia a viagem cara,arrumavam um destino bem diferente.
Assim foram à Campos do Jordão no verão, com aquele calor de serra torrando eles.Não tomaram chocolate quente,mas aproveitaram o horto,fazendo longas caminhadas e mergulhando em cachoeiras.Todos os programas que a aristocracia paulista,assídua frequentadora do inverno de lá nem sabia que existia.
Conseguiram uma viagem para Salvador em Junho,mesmo sabendo que era um mês muito chuvoso.Para aproveitar o tempo todo,resolveram aprender a mergulhar de aqualung e descobriram um lado inesperadamente exuberante daquela histórica cidade, aquele que o turista comum não vê.
O último truque da manga foi uma viagem para fazer cavernismo no interior de Sp.Passeio baratinho, mas que fez cada um deles se sentir como Indiana Jones em suas aventuras ao passarem horas atravessando cavernas.

O filho adorava e a mãe, responsável por todas essas idéias, nem se fala

Le porquois n'est pas important,si tu est là Carpe Diem

sábado, 1 de agosto de 2009

Jack Frost [5]

Meu abrigo,minha casa, que me protege de tantas ventanias e nevascas e, por ser um pouco acima do chão, não me faz ter que lidar com esse estéril permafrost.
Agora, os dias estão ficando novamente longos, começo a notar os 1ºs sinais primaveris,diante de todo esse branco, qualquer verde é como se pulasse aos meus olhos
Quatro meses já se passaram, entre nomaditismo e sedentarismo, começo a ficar cansado da solidão, ter só a floresta como interlocutora não é muito confortante.Sinto muita falta daquela voz amiga,do carinho, da risada...Aí cogito voltar para o calor humano,mas quando peso isso contra a poluição, engarrafamento, discussões, pressão no trabalho,aquelas chatas obrigações familiares, não cogito nada, só espero...