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sábado, 8 de outubro de 2011

Aventuras gastronônicas

Estou fazendo um curso no rio aos sábados, sabe como é, trocar a felicidade pelo saber jurídico e essas coisas.

Como o centro fica meio longe da minha casa, tenho que almoçar algo por aqui e nos finais de semana as opções não são tão vastas.Tirando galeterias ( devia ter ido em uma, aliás) e junk food, só o que tinha como opção era o La mole, uma rede de restaurantes wannabe chiques daqui do Rio.

E nos 20 minutos que fiquei por lá, acho que entendi porque donos de restaurante reclamam que eles não dão lucro: eles são completamente amadores na maneira de lidar com seu negócio.

Vamos começar pelo número de garçons. Um restaurante onde se poderia escolher entre buffet e escolher do menu, com pouco mais de 20 mesas, possuía incríveis 6 funcionários, sem contar com a moça cujo trabalho é abrir a porta. É muita gente olhando você comer e pouca gente de fato atendendo, sempre havendo um ou dois funcionários ociosos pela simples falta do que fazer.Apesar dessa turma toda, o atendimento não era impecável, coisas bobas como não se dar ao trabalho de servir do lado certo da mesa, fazendo o cliente ter que pegar o prato da mão do funcionário é algo, para mim, fora de padrão de um restaurante que se diz chiquinho.

E aí entra a questão da cozinha, que também não atende a padrões considerados corretos, nesse caso para todos, imagino. Meu pedido, um frango com quiche e salada ( ok, talvez tenha sido culpa minha por ter feito um pedido tão menininha) veio acompanhado de uma salada que devia estar de bobeira na geladeira do restaurante há pelomenos 4 dias, as folhas tinham queimaduras de frio nas pontas e aqueles pontos negros no meio que indicam deterioração. O fato de estar escrito Ceasar salad e apenas uma montanha de alface com alguns croutôns serem servidos também não ajudou.

Por ter aprendido com minha sábia mãe que nunca se manda um prato voltar para a cozinha sob pena de ser imensamente sacaneado, comi o que estava bom e ao fim da refeição comuniquei ao gerente o estado da minha salada. Resultado? Não tiveram cara de me cobrar.R$20 que o dono daquele restaurante nunca verá na vida dele ( fora o que custou para fazer o prato).

Na mesa ao lado, uma senhora pediu para que passassem mais a carne dela. Tudo já começou errado quando não perguntaram a ela o ponto desejado da carne, diga-se, mas quando um caso desse acontece, se retira o prato todo, se reassa a carne e se retorna o mais rápido possível.Mas esqueceram do pedido da senhora.Resultado? Tiveram que servir um prato de R$40 duas vezes mesmo ela tendo comido os acompanhamentos do 1o prato, já que a carne não se fazia presente naquele momento.

Cometendo tantos erros em 20 minutos, fica difícil lucrar.Vendo gente administrar seus negócios assim, até pilho um pouco em abrir meu pub viu...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Paradise Steakhouse [2]

Estou em um estágio no centro do Rio.Por motivos óbvios, comer em casa se tornou um luxo.

O que me leva à crítica culinária, naturalmente.

A comida a quilo oferecida no centro do Rio de Janeiro é extremamente pobre, em variedade, sabor e criatividade. É uma comida muito da sem graça e cara.

Não deve ser fácil fazer comida naquela escala, mas se dedicar em uma atividade culinária, ao envés de oferecer em uma mesma tarde, sushi,massa,carnes,comida árabe e feijão preto.Sinceramente essa diversidade, ela não abarca mais gente, ou pelomenos não deveria.Mas parece que as pessoas não se importam tanto com o gosto,se importam apenas em poder ter variedade.

Sempre achei a comida da minha avó muito burocrática, pouco inventiva, mas agora daria tudo por essa burocracia no almoço diariamente

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Paradise Steakhouse

Hoje volto a um tipo de texto que não era publicado há pelomenos seis meses seguramente, a crítica culinária.

Fui ao restaurante e Bar Spicy , aqui em Niterói e , numa mesa com 3 pessoas, não vi uma sair feliz.

Tentamos pedir nachos como entrada, mas os mesmos estavam em falta, ok isso é um problema, mas é algo compreensível, nada digno de nota.

Mas ainda haviam os pratos principais e neles estão nossas decepções.

Um hamburguer que estava tão torrado que estava duro, um taco com a tortilha mole e uma salsa malfeita e sem sabor e uma quesadilla que não era uma quesadilla, era um club sandwich de frango na verdade.

Além do desleixo na preparação e composição dos pratos, e dos preços de nível de restaurantes bem melhores, o sabor dos pratos e molhos deixava também a desejar.

Mas o lugar estava cheio e nem era pelo show do exelente Márvio Ciribelli, já que muitos estavam mais preocupados em falar alto e não me deixar ouvir a música, o lugar estava cheio porque isso em Niterói, um restaurante desleixado, se bem localizado, bem decorado e bem caro, é tolerado e elogiado pela população.

Niterói sofre de algo interiorano de achar qualquer restaurante um máximo, desde que ele pareça bom, como se o restaurante fizesse o favor de existir.Sendo assim, só me resta comer fora no Rio e passar a cozinhar mais...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Round n' round the Merry-go-round

Rodízios.Um caminho fácil para esconder a incompetência de uma cozinha mal treinada. Não há necessidade de fazer tudo na hora, já que quem escolhe o que o cliente come não é ele mesmo, e sim o gerente, que vai fazer os itens mais difíceis e caros rarearam pelo salão.

Sem necessidade de fazer pra a prato, mesa a mesa, de uma maneira rápida e eficiente, que é o grande desafio que existe por trás da culinária profissional, também somem as preocupações com lentidão na cozinha.E anda por cima os cozinheiros podem possuir baixo treinamento, já que de sua habilidade passa a se exigir muito pouco,se tornam descartáveis.

Com o intervalo entre os trazedores de comida, se precisa de algo para passar o tempo, então acaba pedindo mais bebida.

A qualidade não tem tanta importância já que rodam tantos sabores pela boca do cliente , que no fim nem ele mesmo sabe muito bem o que está a comer , pode-se economizar nos ingredientes também.A margem de lucro deve girar em torno de 30 a 40% por pessoa, o que é bem razoável para o nível de investimento e tipo de empreendimento.

E, se é assim, por que o cliente aceita?A idéia de que pode dar prejuízo,de que está tirando vantagem, algo que qualquer brasileiro pode se identificar facilmente.Aceita porque também não liga tanto para o que come , mas sim para o aonde come, se for "bem frequentado" está tudo bem.Nem execro os rodízios de carne, já que geralmente só roda a carne.O resto é tudo uma maneira cruel e genial de arrancar dinheiro de pessoas dando-as uma comida bem ruinzinha.

sábado, 26 de setembro de 2009

Devolta à crítica culinária

Em um dos meus primeiros posts, nos primórdios desse espaço, eu meio que havia me comprometido a dar meus pitacos sobre restaurantes e comida em geral, e eu descupri essa promessa com meus primeiros leitores pelo seguinte motivo: não existe culinária em Niterói.

Tirando os italianos, que fazem sempre as mesmas coisas, como se tudo que se comesse na bota levasse alguma pasta , não existem restaurantes de comida étnica , todos empreendedores da comida daqui vão para o seguro, fazendo uma grande variedade de coisas que todos nós já vimos e comemos em casa.E, sair de casa para comer bife com batata frita pra mim, é pobreza de espírito de 5ª grandeza.Para quem não é daqui ter uma idéia, um dos restaurantes mais famosos de meu vilarejo é nada mais, nada menos que um self-service.Isso mesmo, os caras abriram 3 filiais de um self service caro e sem novidades.

Podem até ganhar muito dinheiro, porque o lugar é bonito e o cliente realmente se sente muito bem no lugar, apela para o dentro da moda da classe média alta, onde eles podem cobrar 50 reais o kilo de uma comida normal e saírem elogiados.

Mea culpa a parte, comi quinta feira em um restaurante árabe muito bom no rio. O único problema, para mim, é a falta de coragem.Para não "ficar atrás" dos seus concorrentes próximos apela para a famosa mesa de sushi, com seus temakizillas, que fariam qualquer japonês cometer seppuku, perde a coerência, perde a chance de , com uma comida muito honesta, mostrar que restaurantes étnicos são um barato, que experimentar um prato novo, diferente e bem-feito é a grande graça de comer fora.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Paradise Steakhouse

Como eu acho restaurante a quilo sem graça!Aquela comida, feita em uma quantidade grande demais,que fica cozinhando naquela vasilha ( a água quente por baixo para manter aquecida não interrompe o cozimento),que deixa tudo meio sem expressão,overcooked.
Pior é que recentemente nem o famoso argumento da praticidade tem colado,uma boa cozinha, com um cardápio enxuto e inteligente(à prova de idiotas),que por consequencia faria a comida chegar às nossas mesas em um tempo bastante aceitável é uma opção muito melhor do ponto de vista tanto do paladar quanto econômico,visto que desperdícios seriam bem menores.
Voltando ao paladar, imagine o quão interessante seria poder comer uma comida feita para voce, no ponto e, sem diferença quase alguma no preço e,mais interessante ainda, ter opções diferentes em cada lugar que fosse comer!
Essa filosofia permitiria a existência e a sobrevivência por si só de mais restaurantes de comida étnica,fim ao feijão-arroz e sushi,ao espaguete com bife e ao bolinho de bacalhau com salpicão de frango.
Pra quem gosta de comer,comida a quilo é sem dúvida a baixa culinária da semana

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Corrupção Estomacal

Muito me anda frustrando comer fora de casa.Como amante e praticante da boa cozinha me incomoda profundamente a falta de cuidado na execução de pratos simples por todos os restaurantes que eu vou.Naturalmente isso não é uma crítica ao Aquarius ,que de tão caro nem sei onde fica, e afins, isso é uma crítica à comida que a classe média come em restaurantes de classe média e não reclama

Eu não sou um chato, não mando prato voltar nem reclamo com ninguém do lugar, simplesmente evito voltar ao mesmo lugar, sugiro que inclusive façam o mesmo, porque quem não liga para o que sai de suas cozinhas não ligará para reclamações.

De fato, nunca são coisas enormes que atrapalham minhas refeições, mas são detalhes que me incomodam porque eu, que não tenho nenhum treinamento culinário, percebo e não cometo quando cozinho em casa, posso até estar sendo ranzinza ou exagerado, mas acho que não custa nada fazer uma comida um pouco melhor sem gastar nada, a não ser atenção aos detalhes.

Anda foda até comer um sanduíche bem-feito