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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dreaming my Dreams with you

Hoje não havia nenhum gooner que não estivesse absolutamente pilhado o dia inteiro com a partida.Ainda que poucos fora de nossa torcida acreditassem que podíamos vencer, sob aqueles mesmos argumentos de que não tínhamos goleiro, que o time não sabia decidir, o gooner que acompanhou o desenrolar da temporada após a vitória contra o Chelski no Grove* sabia que algo parecia diferente.

Quando começou a partida a postura do time era exatamente a mesma adotada na partida que deu início a essa série arrasadora, pressionando o Barça em seu campo de defesa, mordendo a saída de bola deles para criar chances de ataque.E fizemos isso apoiados por uma torcida in loco que criou uma atmosfera absolutamente fantástica, diga-se.Vimos 15' de puro acuo do aclamado melhor time do mundo.

Mas como toda marcação pressão, nenhum preparo físico aguenta que ela dure os 90' e tiramos o pé, coisa que aliás fizemos também aos 15' do primeiro tempo contra os azuizinhos. Imagino que seja assim que o Wenger queira jogar apartir de agora nos jogos mais difíceis.

O barça com mais campo e tempo para jogar começou a imprimir seu forte ritmo de toques e manutenção da posse de bola e começou a dominar as ações de uma forma totalmente indesejada, ainda mais na nossa casa.E tanto domínio começou a render chances de gol a eles.

Messi apareceu no mano a mano contra Szscesny , que apesar da tranmissão da ESPN ter dito que estava nervoso, me pareceu super calmo, e, com uma excelente saída de gol do nosso polonês mais querido ficou com apenas a opção da cavada e errou.

Poucos minutos mais tarde Messi coloca Villa na cara do gol devido a uma falha boba de linha de impedimento de Clichy, que parecia estar no lance contando quantas bandeirinhas eram agitadas na arquibancada.1-0 pros caras.O time acusou o golpe, passou alguns minutos desligado, a torcida desligou junto e eles quase matam o jogo com Pedro , que tentou um arremate de letra da pequena área.Felizmente Szscesny estava muito era ligado e não deixou o placar se distanciar.

No intervalo era perceptível em mim e em alguns gooners com quem conversei que passávamos por uma espécie de síndrome de México, jogamos como nunca, perdemos como sempre. Algo deveria mudar em relação à postura do time para mudarmos esse cenário.

E o time de fato conseguiu voltar para o segundo tempo com uma mentalidade mais agressiva e focada, mas algumas coisas destoavam do time;Song fazia uma partida muito abaixo do seu normal, talvez afetado por ter sido advertido logo aos 3' de jogo e a ligação rápida para o ataque não funcionava nem com Nasri pela esquerda , nem com Walcott pelo lado oposto.

Normalmente nosso Wenger velho de guerra usaria duas substituições, mas hoje, num surto de Rinus Mitchell, resolveu partir para a tática futebol total ao sacar o apagado Song e colocar em campo a lenda dos Urais, Arshavin.Jack passou a ser o primeiro volante e Nasri foi para o lugar de Jack. Ao mesmo tempo, o normalmente ofensivista Guardiola teve um surto de Red*napp, ou seja, fez uma senhora burrice.Sacou Villa que dava muito trabalho para nossa defesa com sua movimentação para colocar o nada além de esforçado Keita.

Com isso nosso time ficou muito mais rápido e perigoso nos contraataques e em uma bola recuperada no campo de ataque, Clichy acertou um lindo passe alto no costado da zaga para V.Persie fazer o que ele tão bem faz, achar o chute que nenhum outro atacante sequer cogita.Empatamos.

Mesmo com o jogo empatado e nossa torcida empurrando como nunca vi no Grove e no Highbury só lembro em vídeos da época dos Standings, ainda assim não tínhamos a posse de bola o que naturalmente incomodava, porque não conseguíamos cercar a área inimiga com consistência.Não precisamos. Cesc rouba a rola e gira em cima do marcador, enfiada de 35m para Nasri correr mais uns 25, cortar Piqué, ver V. Persie e toda a marcação que fechava nele e rolar para nosso russo dar um tapa de primeira no contrapé de Valdés, era a virada, e que virada;

Vale lembrar que na comemoração Arshavin mostrou em sua camisa debaixo uma foto sua.De fato um mito.

Após a virada, o Barça parecia disposto a não deixar os danos aumentarem e o Arsenal muito interessado em garantir a sua 1ª vitória contra os Culés.Ganhamos.

O meu destaque do jogo tem que ir para um rapaz que não foi mencionado fazendo nenhuma jogada importante, mas fez todas as outras- Jack Wilshere. Sua combinação de raça e técnica são essenciais para esse time ser o que é.Um passe errado apenas , aos 71'.

Menção honrosa para nosso veterano goleiro de 20 anos que prova cada dia mais que é um monstro das metas.

Estamos em meados de fevereiro forte nas quatro frentes possíveis, algo que nem o mais fanático gooner esperava. Podemos tudo a essa altura da temporada! Não precisamos de keep the faith, the dreams became reality mates! Somos denovo uma potência a ser reconhecida e temida.

*Notem que depois da visita da Arsenal Brasil a Londres estamos invictos.

Jack, the Lionhearted [2]

Em outubro (http://alcysio.blogspot.com/2010/10/jack-lionhearted.html) eu escrevi sobre a importância de um jogador formado no Arsenal e não comprado com 17 anos teria no time.

Depois de ser o melhor em campo na maior vitória do Arsenal no Grove, me sinto obrigado a partir para a análise tática de seu futebol.

Desde que o Fábregas retornou à forma, o nosso meio campo tem consistido do trio Jack-Song-Cesc.Jack joga como segundo volante, sendo o responsável pela transição para o ataque.E ele executa esse função com uma precisão invejável, digna de Essien em sua melhor temporada, para uma comparação com o segundo volante mais badalado da liga.

Sempre se apresenta ao ataque como opção de passe, possui uma visão de jogo ímpar, vide o passe de 45m para o gol de Bendtner contra o Ipswich e possui uma característica que não parece ser muito notada nas transmissões - ele não erra passes.Hoje errou apenas um aos 71' de jogo.E não os erra sendo o segundo distribuidor de bolas do time.

Mas não é só em termos técnicos que Wilshere acrescenta ao Arsenal, ele dá ao time uma alma lutadora que não víamos desde o time vice campeão europeu.Vemos ele dar broncas nos árbitros mesmo nas situações mais difíceis, onde até o capitão já abaixou a cabeça, como no fatídico empate em St.James Park,notamos a moral que ele tem entre seus colegas, cobrando empenho.

Jack parece um jogador com 10 temporadas nas costas e isso é assustadoramente fantástico.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Kid A

este blog estava precisando de umas férias, é extremamente cansativo produzir um texto legal a cada 2 dias, em média (embora eles raramente sejam legais, tentar cansa igualzinho)

Hoje, pela primeira vez ,acho, um tema vem do twitter.

Faço parte da torcida Arsenal Brasil e, por sermos uma torcida oficialmente reconhecida pelo clube,além de muita insistência e perseverança do pessoal, conseguimos uma reportagem só para nós na ESPN Brasil


Isso gerou inúmeras respostas positivas, mas também gerou alguns inomináveis que acharam o fato de torcer para um time europeu algo inaceitável, com ofensas é claro.

Sem querer discutir a óbvia falta do que fazer de um ser que dedica seu tempo para patrulhar a minha vida através de um pseudonacionalismo obtuso e pacheco, queria falar um pouco sobre o que é torcer para um time europeu, já que muitos não entendem meu fanatismo, minha torcida.

Quando ligo numa partida do Arsenal, vejo sempre um estádio cheio, vejo famílias nesse estádio também, todos sem medo de ir à cancha de jogo.Vejo um time que quer jogar futebol, não está interessado em jogar no 3-5-2 , prender 2 volantes e um ala para não se arriscar, quando vejo o Arsenal jogar, sei que não verei uma correria desenfreada pela bola.

Não é só o Arsenal, as grandes ligas européias (Inglaterra, Espanha e Alemanha, atualmente) sempre proporcionam jogos divertidos e disputados em um nível técnico que simplesmente não existe aqui no Brasil.Futebol de lá é quase outra modalidade esportiva.

Não escolhi o Arsenal, ele me escolheu, me tirou para me encantar.Se negasse tudo isso por causa de um oceano, aí sim mereceria ser xingado.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O homem que não sabia voar

Ele começou sua carreira com grande destaque pelo Ajax junto de Seedorf e Davids, badalado foi para a Interazionale, uma potência da época mas lá não se destacou, ficou encostado, deixado meio de lado.

Até que um franzino técnico à época desconhecido o levou para Londres,via muito potencial nesse jovem holandês meio desajeitado.E viu com precisão clínica.

Dennis Bergkamp se encaixou na filosofia de jogo ofensiva e plástica de Wenger como nenhum mais poderia, era o segundo atacante que todo centroavante sonhava em ter ao seu lado pois sabia que a qualquer momento algo mágico, inesperado e, por muitas vezes de aparência acidental, fruto de um desengonço , iria surgir e ele iria parar na cara do gol.O segundo maior ídolo da era Wenger no Arsenal não era rápido, não era um grande cabeçeador,era apenas pura técnica e força aplicadas com intensidade pelos 90'.

Mas havia uma grande curiosidade sobre esse holandês, ele morria de medo de voar de avião,de simplesmente não entrar naquele troço de metal que voa, chegou a ir de navio para disputar a Copa de 94' e era drogado para fazer as viagens de avião pelos EUA.Se a Holanda tivesse se qualificado para a Copa de 2002, planejava pegar a transiberiana pra chegar à Coréia.

Uma pena que ele nunca tenha entrado de maneira consciente em um avião e olhado lá de cima a paz que o céu azul e infinito proporciona, talvez seja assim porque já possui essa paz dentro de si,paz que o permitia inventar o drible que fosse para deixar seus adversários ao chão, envergonhados e nos deixar nas nuvens, sonhando com o impossível.

Espero que todos os amantes do futebol reconheçam o talento desse homem de pouco marketing

ps.texto alterado devido a erros infantis desse que vos escreve e identificados por Gregor @gnasri8 Vasconcellos.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

EPL 10/11 [5]

Chegamos ao fim do 1º quarto de EPL e com ela a minha rápida análise da tabela, que se encontra assim:



Acho que a primeira coisa que salta aos olhos é a campanha pífia que vem fazendo o Liverpool, então comecemos pela parte de baixo da tabela.

Como não é surpresa para ninguém, os 3 times na zona de rebaixamento são West Ham,Wolverhampton e Blackburn, times de baixo investimento e que normalmente rodeiam o fundo da tabela.A presença do Wigan, que começou essa temporada levando goleadas a torto e a direito também não surpreende nem um pouco.

Acima desses 4, há um bloco de 4 que eu não esperava um desempenho tão ruim. O Stoke , praticando seu futebol no limite da brutalidade tem se mantido na EPL sem passar grandes sustos mas hoje começa a olhar para baixo com preocupação.O Birmingham City fez um belo time , para no mínimo repetir seu 9º lugar e também tem um desempenho abaixo do esperado.

Aston Villa e Liverpool passam por semelhantes dramas, crises de identidade. O primeiro perdeu seu técnico, O'neil que saiu por não concordar com o modelo de modéstia do Villa, que vendeu seus principais jogadores e agora faz campanha instável.O Liverpool beirou entrar em administração( o que significa até a perda de pontos) e muita tensão de bastidores antes da venda definitiva.

Na parte central da tabela, há de se louvar a bela campanha do Blackpool, que veio da Championship com um time barato, não investiu grandes fundos e já somou 13 pontos.No grupo dos pequenos surpreendentes também se encontram os outros dois times recém promovidos, Newcastle( que possui um time bem forte desde a Championship) e West Brom fazem belas campanhas e estão na parte de cima da tabela , em 7º e 6º respectivamente.

Daí para cima, nada ocorreu fora do esperado, os 4 times com maior investimento estão à frente, com alguma folga para o time mais forte da liga, o Chelsea.

Daqui a 10 rodadas eu volto.

ps.decidi fazer a listinha dos apelidos dos times da EPl, vamos lá

Chelsea- Blues
Arsenal- Gunners
United- Red Devils
City- Sky blues
Tottenham- Yids
WBA -Throstles
Newcastle- Magpies
Everton- Toffees
Blackpool- Tangerines, Seasiders
Fulham- Cottagers, Lilywhites
Bolton- Trotters
Sunderland - Black Cats
Liverpool- Kops, Scousers
Aston Villa - Villains, Lions
Birmingham-Blues
Stoke -Potters
Wigan- Latics
Blackburn - Rovers, Riversiders
Wolverhampton- Wolves
West Ham- Hammers

domingo, 24 de outubro de 2010

Who are you?

Fui convidado pela Arsenal Brasil a fazer o pós-jogo de City 0 v 3 Arsenal. Está lá e aqui.

Esse canto é um daqueles que todas as torcidas usam na Inglaterra, mas hoje não pode ser de mais ninguém senão do Arsenal para o City.
O torcedor gunner tinha todo o motivo do mundo para ficar preocupado com o jogo de hoje, perdemos de 4-2 no último confronto no City of Manchester, com direito a deboche de um ex-jogador que não merece ter seu nome mencionado.

Mas logo aos 6’ Boyatá acalmou os corações gunners, que já estavam na garganta ao ver o duelo Tevez v Djourou pelo lado esquerdo da nossa defesa,o jovem zagueiro do City deu um carrinho por trás em Chamakh e foi merecidamente expulso.Apartir desse momento, o Arsenal apesar de não dominar completamente seu adversário passou a comandar as ações do jogo.

Jogo esse que era uma carnificina nos primeiros 20’ , De Jong e companhia limitada distribuíam bordoadas que foram devolvidas por Song e Djourou, ainda que esse meio que por acidente. Não demorou muito e o hoje apagado Cesc achou Nasri na área, que tabelou com Arshavin para abrir o placar.Aliás, Nasri, juntamente com Song foram os grandes nomes do jogo de hoje, é impressionante como o francês evoluiu nessas férias.

Ainda no primeiro tempo a chance de sacramentar a partida apareceu para Fábregas, que sofreu pênalti, mas o mesmo bateu muito mal e Hart não teve problemas para defender.

Logo no começo do 2º tempo o jogador cujo nome não será mencionado entrou em campo no lugar de um machucado Tevez, mas tirando um par de lances de perigo aos 60’, o City pouco fez.O Arsenal teve inúmeras oportunidades de contra-ataque, que eram constantemente desperdiçadas por erros de passe ou preciosismos nas finalizações, até que em um passe mal rebatido por Bridge, Song foi às redes pela 3ª vez na temporada.

Após o segundo gol o Arsenal cozinhou a águia de Manchester até o fim do jogo, com direito a um 3º gol em rápido contra-ataque de Nasri, que achou Bendtner na cara do gol e, todos sabem,diferentemente de Deus, Bend não perdoa.

Foi uma vitória extremamente importante para o moral do time , que mostrou que não aceitará uma posição de coadjuvante no campeonato, que não deixará os times da grana nos amedrontar.À luta então you gooners!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Jack , the Lionhearted

Estou a algum tempo pensando em escrever isso e, mesmo correndo um grande risco de queimar minha língua gloriosamente e parecer meio maluco, não resisto.

Wilshere é produto da ideia de categoria de base criada por Arsène Wenger, mas ao mesmo tempo é a prova de que a sua noção inicial estava errada.

Pode parecer contraditório mas explico, Jack é da segunda geração dos Young Guns e, na primeira geração, de Fábregas, V. Persie, Clichy, Aliadière entre outros havia o pensamento de que o passaporte não era importante e sim a técnica, a capacidade de se adequar a já famosa política de jogo de Wenger.

Essa primeira geração criou bons nomes, alguns como V. Persie com grande identificação com a torcida ( ele diz que é gunner desde a infância), mas nomes que nunca foram grandes brigadores , nunca deixaram suas canelas expostas aos monstros da EPL todo o tempo, sem pensar.Eles essencialmente não entendiam em sua totalidade o que era a filosofia inglesa de futebol, os primeiros Youngs treinavam com poucos ingleses.

A segunda leva de "Wenger boys" é bem mais inglesa do que a primeira, temos Lansbury,Walcott,Gibbs, Ramsey( País de Gales não conta) e, a jóia de jogador que é Jack Wilshere, rapaz que joga no profissional desde os 16 anos.

Começou jogando nas wings,seu físico não lhe permitia uma posição central, onde é necessário um maior poder de marcação, mas depois de muito encantar em jogos de pré-temporada, Carling Cup e belas atuações em seu empréstimo para o Bolton Wanderers, Jack passou a virar opção no elenco principal.

Nos primeiros jogos parecia deslocado, afobado, até violento em algumas entradas, era excesso de vontade.Após 10 jogos na temporada e muitas,muitas entradas violentas (em especial no derby contra os branquinhos), Jack ganhou minha admiração pela sua vontade de vencer, sua dedicação tática e por óbvio sua clara habilidade acima da média.

Jack briga como poucos no Arsenal, talvez porque seja do norte de Londres e entenda exatamente o que é ser um Gunner, mas por qualquer motivo que seja, ele devia dar uma palestra no vestiário qualquer dia desses.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O ocaso da alma

Essa semana será recheada de textos políticos, vou tentar pela primeira vez em muito tempo, escrever antes das coisas acontecerem.Hoje não será assim.

Arsène Wenger é um homem com uma visão muito particular do futebol, uma visão meio Rinus Mitchell de formação de um time, sempre desejando que seus atletas sejam extremamente técnicos e rápidos, para que assim possam envolver seu adversário com passes rápidos, retendo a posse de bola e finalizando sempre que oportunamente.

E assim foram os times do Arsenal sob sua batuta desde que assumiu o time em 1996, ainda que no começo de seu trabalho o perfil dos jogadores fosse diferente, mais consoante com o modorrento futebol da era Boring Arsenal, quando nossos ícones eram defensores e o grande grito que se ouvia em Highbury era "One nil for Arsenal".

Mas ao longo de sua administração Wenger foi contratando jogadores que condiziam melhor com sua idéia de futebol como Overmars,Vieira, Pires e a sua principal descoberta, uma que muitos achavam que não iria suprir a saída de Davor Suker, Henry.Com esse esquadrão o Arsenal apresentou o futebol coletivo mais belo da era moderna do futebol e foi responsável pelo fato de hoje eu ser um fanático gunner.

Infelizmente, para um manager ganhar às vezes não basta, é necessário também mostrar sua capacidade de fazer o clube "mudar de patamar".E essa era a grande ambição de Wenger ao liderar a transição Highbury-Emirates , transformar o Arsenal em uma potência econômico-futebolística que não dependesse do mecenato de duvidosa origem nem dos generosos perdões fiscais dados principalmente na Espanha.

Digo infelizmente porque, apesar de torcer para um clube sem dívidas, torço para um clube sem alma.Os altos preços do carnê de temporada do Emirates Stadium afasta o torcedor " de arquibancada", aquele que antes das reformas causadas pelas tragédias de Heysel e , principalmente Hillsborough, ficava nas standings, arquibancadas sem assento, muito comuns ainda no Brasil, torcedor esse que é o que canta e incentiva pelos 90', que faz o estádio ficar famoso ao redor do mundo, que dá medo nos jogadores adversários.O moderno Emirates virou ponto turístico londrino, um exemplo da organização e força da melhor liga de futebol do mundo, um exemplo do silêncio.

Mas esse não é o grande pecado de Wenger, ele pecou mais quando se desfez da genial geração do unbeaten de uma só vez para apostar em jovens promessas, 7,8 jogadores sub-23 por vez em campo, jogadores que não receberam dos mais velhos( porque eles não haviam) aquela famosa explicação do que significa ser um gunner, são jogadores sem alma.

Arsène também perdeu a sua alma, seus times não possuem mais o mortal contra ataque que em 4 toques chegava à meta adversária, a defesa não é mais sólida, as alterações sempre vem tarde, há demora na leitura do jogo.E, sem a sua alma vencedora, ele mostrou uma das piores características da cultura francesa, a teimosia.

Foi dito pelo governo inglês em 1938 que a linha Magineaux não seria útil no novo tipo de guerra que os alemães tinham em mente, a blitzkrieg,mas os franceses insistiram em suas trincheiras de 30 anos de idade, como foi dito também a Napoleão que uma investida francesa há 4.000km de sua terra natal, na fria Rússia, não poderia ser bem sucedida, mas o pequeno general não quis mudar de idéia.

Essa teimosia turva a visão do outrora genial treinador e não o permite ver e reconhecer erros essenciais na formação do elenco atual, erros esses que ferem a própria proposta de jogo que ele tão veementemente defende.

Num estádio sem alma entra um time sem alma treinado por um técnico sem alma, enquanto na quente Barcelona, Guardiola guarda o legado do futebol a là Wenger.

sábado, 9 de janeiro de 2010

From Pimpers Paradise to the Foggy Dew [5]

Hoje foi o dia o qual eu mais esperava na viagem: Visitar a casa do Arsenal, o Emirates Stadium.Eu, imbuido de um forte senso brasilianista de ver futebol, resolvi chegar duas horas antes, afinal e assim que se faz quando se vai ao maracana.

O problema e que aqui eles nao pensam assim, como cada um ja tem seu lugar previamente reservado, nao ha nenhuma necessidade em chegar cedo no estadio, nem mesmo para fugir do transito, ja que uma estacao de metro a menos de 500m resolve esse problema facilmente.

Entao, fiquei trancado do lado de fora do estadio, ja que os portoes so abrem 1h30 antes do cotejo. Tudo bem, foi o tempo que eu precisei para ir a loja do Arsenal e comprar a minha camisa Away09/10 do van Persie.Portoes abertos, la vou eu, subindo as escadas para o anel superior, atras do gol. Eram 1330 e eu estava com fome, vou comer pensei. Mas eis que estava com nada no bolso e no estadio nao se aceitam cartoes e nem existem caixas automaticos.Comprei o que dava com as minhas moedas:um pacote pequeno de pringles.

Comi esperando comecar a partida, ainda faltavam mais de uma hora, ventava horrores e nao ha aquecimento nos corredores do estadio, afinal e um estadio.

Depois de todo esse sofrimento fisico, lutando contra o frio, chegou a hora de ver bola rolando, meu ingresso podia nao ser la uma maravilha, mas eu estava exatamente atras de um dos gols, o que me permitiu uma visao tatica muito boa da partida.

Meu time foi sofrivel, parecia nao ter entrado em campo, meu vizinho de cadeira, um ingles fanatico , daqueles que tem cara que deixaria a mae no hospital para ver o Arsenal jogar estava completamente inquieto, nao conseguia entender a indolencia de Arshavin,a lentidao de Diaby,a inseguranca de Almunia, gritava com os jogadores como se os mesmos ouvissem, como se eles fosse todos seus amigos intimos, concordamos que ao final do primeiro tempo so Sam(Nasri) estava se salvando, o time estava apatico.

Na volta do intervalo, vimos nosso time mais animado, mais disposto a conseguir a vitoria,pressionamos, conseguimos boas chances, mas ainda faltava algo a mais.Entao veio o segundo gol do vil inimigo, que levou consigo alguns milhares de bravos torcedores que tiveram a audacia de sair de casa em tao adverso dia.

O time empatou, gracas a um chute espirita de Tom(Rosicky), mas no geral, eu e meu companheiro de arquibancada ficamos com o amargo gosto de ver mais um ano se perdendo pela falta de elenco, causada pela interminavel serie de lesoes e pela teimosia de Wenger em nao contratar.

Eu nunca sofri tanto, fisicamente na minha vida como hoje, ficando exposto a neve e vento com somente duas torradas comidas as 9 da manha no estomago e o pacotinho de pringles.Tudo isso teria valido apena se tivesse visto uma performance inesquecivel do Arsenal. Nao vi,mas no fim das contas, valeu apena mesmo assim.

domingo, 9 de novembro de 2008

In Arsène we trust,in Luxemburgo.....

Gosto de futebol, gosto bastante e me cansa ver pessoas que influenciam tanto a minha vida não darem a mínima para isso

Sábado, o desacreditado Arsène Wenger, com um time bastante desfalcado e montado com qualidade duvidosa vez que nao podemos saber o que um garoto de 18 anos é capaz ,pôs o time para correr, jogar com emoção e ganhou do United com muita propriedade, fazendo uma partida perfeita.(Apesar do Bendtner ser pior que o Jardel) E foi incrível ver como uma pessoa que acredita no seu projeto pode fazer mesmo nas adversidades.

Já no domingo, bem no domingo o oposto aconteceu.O Superstar Luxemburgo, que ganha a bagatela de R$ 6 mi /ano mostrou que montou um time fraco e burro, que não tem alternativas e que não soube criar porque tem jogadores que não são capazes de fazê-lo, mas são todos indicações do Vanderlei.É inevitável pensar que tem jogada nisso aí,quando Léo Lima é ressucitado e jogadores que são piores que seus semelhantes do ano passado , principalmente nas laterais reservas e na criação.
Fica o desabafo do palmerense que viu o seu título escapar porque seu técnico está mais interessado em comentar os jogos do próprio time na Tv Globo