Wilshere é produto da ideia de categoria de base criada por Arsène Wenger, mas ao mesmo tempo é a prova de que a sua noção inicial estava errada.
Pode parecer contraditório mas explico, Jack é da segunda geração dos Young Guns e, na primeira geração, de Fábregas, V. Persie, Clichy, Aliadière entre outros havia o pensamento de que o passaporte não era importante e sim a técnica, a capacidade de se adequar a já famosa política de jogo de Wenger.
Essa primeira geração criou bons nomes, alguns como V. Persie com grande identificação com a torcida ( ele diz que é gunner desde a infância), mas nomes que nunca foram grandes brigadores , nunca deixaram suas canelas expostas aos monstros da EPL todo o tempo, sem pensar.Eles essencialmente não entendiam em sua totalidade o que era a filosofia inglesa de futebol, os primeiros Youngs treinavam com poucos ingleses.
A segunda leva de "Wenger boys" é bem mais inglesa do que a primeira, temos Lansbury,Walcott,Gibbs, Ramsey( País de Gales não conta) e, a jóia de jogador que é Jack Wilshere, rapaz que joga no profissional desde os 16 anos.
Começou jogando nas wings,seu físico não lhe permitia uma posição central, onde é necessário um maior poder de marcação, mas depois de muito encantar em jogos de pré-temporada, Carling Cup e belas atuações em seu empréstimo para o Bolton Wanderers, Jack passou a virar opção no elenco principal.
Nos primeiros jogos parecia deslocado, afobado, até violento em algumas entradas, era excesso de vontade.Após 10 jogos na temporada e muitas,muitas entradas violentas (em especial no derby contra os branquinhos), Jack ganhou minha admiração pela sua vontade de vencer, sua dedicação tática e por óbvio sua clara habilidade acima da média.
Jack briga como poucos no Arsenal, talvez porque seja do norte de Londres e entenda exatamente o que é ser um Gunner, mas por qualquer motivo que seja, ele devia dar uma palestra no vestiário qualquer dia desses.
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