A Arsenal Brasil, o Matou de Canela e, mais recentemente o a-prancheta.com tomam meu tempo internético e meu tempo livre, sem tempo livre não me inspiro para escrever minhas bobagens por aqui e diferentemente da Raquel eu não consigo me auto-comiserar e causear as coisas bizarras que acontecem na minha vida ( ainda que elas abundem).
Mas não se preocupem meus poltergeists, não foram os únicos a serem abandonados eu também me abandonei, larguei um monte de coisas, retornei a tantas outras, mudei sem mudar, cresci sem crescer.A roda viva de amigos continuou, alguns mais próximos outros nem tanto, alguns menos queridos, outros agora imprescindíveis.
Apesar de ter muito a fazer no ano que começa em poucas horas, não farei listas nem resoluções, não vejo ponto num pedaço de papel me lembrando das coisas que já decidi fazer há algum tempo, o que resta a ver é se a minha perseverança em vencer todas as minhas barreiras estará em perfeito estado ou abandonarei novamente coisas pelo caminho.
Se não me levar ao máximo, sei que não me conformarei, me sentirei um derrotado, já perdi para esse pedaço de carne que decora a minha alma uma vez e não perderei novamente, ainda que tenha que arrastá-lo por aí.
Afinal, orgulhar a você mesmo é a única coisa que podemos fazer nesse mundo, não é? Agradar aos outros só te leva a te diminuir, te desgastar, te entristecer, porque para o outro nada nunca é o bastante, ou pelo menos é assim que pensamos que eles pensam que nós pensamos que eles pensam do que nós pensamos, ou algo parecido.
Detesto esse sentimento de resetar a sua vida que o ano-novo traz e supostamente dá as pessoas, que todas se dedicam, ainda que verbalmente, a se tornar pessoas melhores, a mudar, mudar daquela essência a qual são reconhecidas por, mudar para se encaixar melhor. O ano-novo nada mais é que um feriado que vem uma semana depois do natal, que te faz beber vinho espumante, preferencialmente depois de estourar a garrafa e estragar o mesmo ( tá, esse é meu lado chato e pedante falando). Não é pular sete ondinhas, se vestir de branco e comer lentilha até se estufar que vai mudar nada na sua vida, até porque, provavelmente nada de significante vai mudar de qualquer maneira.