terça-feira, 30 de junho de 2009

Heroin

When the rush of blood comes to my head, I feel no misery,no pain, no sorrow,all my insecurities just vanish,turn into unimportant matter.
Unfortunately,those moments are awfully short,but I need them,they are better then reality.High I'm whole.
I need a fix, to fly into the glowing haze,beacuse there lies perfection,there, I can choose not to see all the shit that is going on here,I can go blind.
In order to go blind for a moment,I condemned myself to a life amongst the frequent flyers,whose mileage is being awarded with all sorts of illnesses,the picture I live in is far whorse than that I wanted to escape.
All of you should feel bad about me, I'm the product of your intollerance to the brother next to you, but go ahead, turn your eyes away,pretend that this kind of human is just a beast of some sort.But if you can look at us and feel nothing, you are the beast,you'll have lost the most human trait of all,: that gag reflex we have when repulsed

sábado, 27 de junho de 2009

Beat that

Fiquei chocado, 50 é muito novo para se morrer,o que me leva a pensar em alguma doença, ou algo do gênero.
Não morreu, no auge,aliás bem longe disso,ultimamente não se ouvia falar de sua música,apenas de seus problemas com a lei, problemas financeiros,como ele era um péssimo pai e etc...
Eu gostava do cara,até o homenageei emma festa à fantasa.Na vida profissional, mesmo mostrando várias vezes que não tinha condição psicológica de passar tanto tempo no topo(tanto que se dilacerou durante os anos)nunca parou.
Talvez o motivo de sua morte não ter me incomodar tanto é que aquele músico e dançarino talentoso que adorávamos ver mostrar seus passos que pareciam de outro planeta, já havia saído de cena e só restava a pessoa,que não era lá muito interessante.
Preparem-se para muitas maratonas MJ e opinem:Qual deve ser minha próxima fantasia?

ps.Mais um que o Lou Reid enterra.Ele ainda vai enterrar todos nós

terça-feira, 23 de junho de 2009

Cross-eyed Mary hears Sound of Sinners

Recentemente, algumas jurisprudências me deixaram muito revoltado, são elas duas do TJ-RS e uma do STJ, todas falando sobre relações sexuais entre adultos e menores de 14,idade para consentimento sexual em nosso diploma repressivo.
Em todas elas, não houve o entendimento pelos magistrados que houve o estupro presumido, como teoricamente mandaria a lei, vou passar caso a caso, do menos para o mais controverso(leia absurdo).
A primeira decisão,vinda do TJ-RS, entendeu que não houve estupro presumido no caso de um namoro entre um homem de 20 anos e uma menina de 12, porque eles possuíam uma relação estável, conhecida de todos e aprovada pelos pais da garota.Nesse caso, logo me veio a pergunta: o que diabos um cara de 20 quer com uma de 12?Objetivamente, só consegui pensar em disponibilidade sexual e submissão na relação, porque não consigo visualizar uma troca real de expectativas, desejos; até a pergunta como foi seu dia gera uma discrepância com uma na 6ª série e o outro trabalhando ou na faculdade.Essa eu nem achei tão absurda, é uma controvérsia válida de se analizar, porque não sei se esse homem também merece a pecha de estuprador.
A segunda,também das terras sulriograndenses(caiu o hífen né) ,decidiu por absolver um homem de 30 anos que mantinha relações sexuais com seus irmãos de 9,12 e 13 anos, por motivos hermenêuticos que não consegui encontrar,se baseando exclusivamente no fato dos 3 terem consentido.Só me pergunto uma coisa:Qual a dificuldade que um irmão tem para convencer o outro, 21 anos mais novo que aquilo é normal?Mesmo que não fossem menores de 14, na minha opinião ainda seria estupro,visto que o agente se aproveita de uma relação de confiança(fraternal) para satisfazer seus desejos sexuais.Essa decisão foi reformada pelo STJ, estando ele agora condenado pelo estupro.
Contudo,eis que o mesmo STJ,contrariando a jurisprudência acima, a absolver dois homens que contrataram os serviços de duas garotas de programa, uma de 12 e outra de 13 anos de idade, por considerar que, por não serem eles os iniciadores do abuso e exploração a que se submetem diariamente essas pobres meninas, não seriam imputáveis no crime, previsto no art.224-A do ECA, pela incrível alegação de que por já serem conhecidas meretrizes, não estariam mais sendo exploradas, como se a cada dia,a cada penetração de cada um dos doentes que contrataram seus serviços elas não fossem mais abusadas,pois mulheres de zona não são bem vistas pela sociedade. Resumindo,uma decisão que exala preconceitos.
Quero deixar claro que todos os incorrimentos abaixo derivaram das notícias,mas vieram de pensamento próprio e , por isso são apenas especulações de um estudante de direito que não viu nenhum dos três processos.
Eu vi um entrave jurídico pequeno nessa terceira questão, mas pelo que foi noticiado,a decisão estava proferida antes de se chegar à análise da lei.
Cheguei a conclusão que o magistrado poderia ter se visto em uma situação interpretativa do artigo e decidiu por não se aproximar de uma decisão que poderia ser vista como analogia em malam partem ,que é extender o que a lei penal elenca para atingir conduta não expressamente redigida.Todavia, não poderia concordar com essa decisão porque ele não estaria aumentando a extensão do crime e sim afirmando que esse tipo de conduta deveria ser enquadrado como abuso de menores.

Eu só me imagino quanto tempo é necessário viver na elitizada Brasília, a cidade onde não se vê pobreza(material),para se criar tanta pobreza de espírito, ao ponto de não conseguir ver um centímetro dentro da questão sociológica que envolve uma questão como exploração sexual de menores.Que se extendam as palavras do Ministro Joaquim Barbosa, originalmente endereçadas à Mendes, para esse Ilmo.Dr.Ministro do STJ.
Saia às ruas!

ps. nunca esqueçam de tentar ouvir as músicas dos títulos, elas geralmente represantam algo.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Jack Frost [4]

Resolvi parar de andar, meus pés estão com bolhas e muito inchados por causa do esforço das últimas semanas.Na verdade meu corpo como um todo acha esse descanso muito bem vindo
Então resolvo construir um abrigo um pouco mais durável,em uma floresta de pinheiros, porque apesar de gostar do doce som do vento,não preciso sofrer na minha folga
Tiro as botas,meus pés respiram pela primeira vez nessa joranda, vê-los,tocá-los, provocou em mim um grande sentimento de felicidade, afinal ver pele humana tinha saído do meu normal.Me senti empolgado pela situação e resilvi deixar todas as minhas roupas para secar,sim,resolvi ficar nu em um agradável dia de um sol que se projeta pelos espaços entre as árvores e apenas -5ºC.
Infelizmente,minha idéia não pôde durar muito, estava frio demais e não posso arriscar de ficar doente, volta apenas aos pés descalços.
Enquanto andava nem percebi o quanto minha barba cresceu nesse mês,havia esquecido completamente dessa outrora odiada, porém agora muito bem-vinda copanheira,afinal, agora que não vejo olhos julgando minha aparência,posso ser simplesmente prático.Assim tenho tempo para apreciar o que é realmente belo no mundo,e definitivamente não somos nós.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Eclipse

Nas horas de tragédia vemos uma faceta terrível de nossa raça - temos esse nojento hábito de qualificar a vida.
Se o falecido antingiu proeminência acadêmica, financeira ou simplesmente viveu como um chic sanguessuga de laudêmios petropolitanos(conhecidos corriqueiramente por família real brasileira, sim eles ainda se consideram isso), sua vida automaticamente é mais importante e vale tão mais que a do pobre piauiense que morreu no rompimento de uma barragem que mal noticiada foi.
Isso foi só elevar a proporções catastróficas doque aconteceu há pouco mais de 15 anos atrás,em Ímola, quando a vida de Roland Ratzemberger, virou decoração de fundo para a morte de Senna.O mundo gira, as pessoas muda,mas é tudo essencialmente a mesma merda.
Termino esse texto parafraseando o secretário de segurança do RJ (pode ter mudado, não sei)
Um tiro em Copacabana é mais importante do que um no Complexo do Alemão

The thin ice

Acidentes de grande magnitude e desastres naturais parecem nos afentar de uma maneira diferente do que mortes "comuns"
Seguindo o caminho do por que se sentir dessa forma, primeiramente pensei na mídia e sua cobertura.O mundo não se comoveu pelo massacre de 1 milhão de armênios em 1915 , nem paramos para pensar nas vítimas da estúpida bomba de Hiroxima (sim, Nagasaqui sempre fica de fora, esses nós não pensamos mesmo)Esses todos eram mortes sem rosto, apenas um número com vários zeros em um livro de história,impessoais.
Mas também só ver rostos não basta,muitos tem em suas memórias a imagem da menina vietnamita correndo nua após uma explosão de uma bomba ao fundo, ou ainda da criança africana em estágio terminal de desnutrição com um abutre ao seu lado, esperando sua morte e nem por isso respeitamos um minuto de silêncio.
Sem um mínimo de identificação não há emoção e o distante Vietnã e a nem tão distante mas em quase outro universo (em nossa fujona mente) Serra Leoa fogem totalmente de qualquer ligação com nossa realidade.Até mais do que deveria.
Contudo, o avião , hoje em dia, é meio de transporte até de alguns segmentos da classe C, se tornou uma forma comum de viajar e, não passa um dia em que não vejamos ou ouçamos um avião.Ele é como extremamente próximo à todos.
Eis que nessas horas de tragédia ainda surge o grande vislumbre de o quão frágil e efêmera é nossa vida,aquele desconforto que aparece cada vez que nos deparamos com eventos que simplesmente se resumem a estar no lugar errado, na hora errada.Não há nada que possamos fazer e mudar.