Agora falam do Haiti, isolado do resto do globo desde o século XVIII,quando uma revolta escrava expulsou os franceses daquela parte da ilha.
Desde aquele episódio essa pequena parte de terra no meio do caribe tem sido intencionalmente esquecida e, por consequência, veio sempre lutando contra índices de pbreza comparáveis aos mais miseráveis africanos. Ainda assim, ninguém se importava, naquela tendência humana de não ligar para nossos iguais se esses não forem conhecidos, com rosto.
Tudo parecia que ia mudar quando no começo do século a deposição de Jean-Bertrand Arristide, sucessor político da "família Doc" foi deposto pelo povo que, desesperado e faminto, começou a construir botes precários e tentar fugir para os EUA, uma viagem de mais de 600km.Numa saia justa política e aproveitando a sede do Brasil em aparecer como força regional capaz, almejando um lugar no CS da ONU, conseguiu uma resolução e colocou o Brasil como chefe da missão de paz a ajuda humanitária, ajuda essa que nunca veio.
Como se tudo que se passou por lá não fosse o suficiente, veio o terremoto e nada sobrou, centenas de milhares de pessoas morreram e o mundo simplesmente não pode olhar para o outro lado, ainda mais depois de tudo que foi feito para ajudar as vítimas do Tsunami de 04'.Então, tudo indica que dessa vez alguma ajuda chegará aos haitianos, ajuda essa que se viesse quando prometido, no não distante ano de 2002, teria salvo muitas vidas.Precisamos mesmo ver um país voltando à idade da pedra para ajudá-lo?
Capítulo 219 - Meu problema com a poesia
Há 4 anos
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