Eu viajei para ficar sozinho, mas é impressionante como nós humanos temos essa capacidade de nos aglutinarmos para preencher nossas respectivas solidões, principalmente se você for brasileiro.
Apesar de passar o dia todo em grupo, ainda assim pude passar boas noites e algumas tardes sozinho, com o compromisso de fazer tão somente o que me viesse à cabeça. Nesses dias vi bons filmes, andei sem rumo e ainda participei de uma passeata pró-palestina na praça Atwater(pronuncie Atwaterrrrr, mas pense françes, não capiau)
Aliás isso foi bem interessante,nunca havia estado em passeata de nada e ainda por cima mudou a minha idéia de que só árabes participavam desses protestos. Havia boa parte de judeus não-sionistas na passeata ( eu tenho um panfleto deles, que pretendo transcrever quando der tempo) que estavam absolutamente indignados por terem a sua religião utilizada como desculpa para massacres e submissão alheia.
Eu parti no momento do lançamento de balões com as cores da palestina, que marcavam o início da caminhada para um lugar muuuito longe donde eu estava.Minha profunda admiração para os pouco mais de 600 corajosos que caminharam em -17º por essa justíssima causa.
Capítulo 219 - Meu problema com a poesia
Há 4 anos
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