Augusto era o último homem da terra. Não , o mundo não acabou, não para os outros ao menos. Vivia sozinho no seu pedacinho de terra, onde plantava o que precisava, sempre sozinho sem ao menos uma visita ou sequer um sinal de civilização.
É assim porque cansou,de se enganar, de sofrer, de tentar. Chegou a conclusão que seus amores haviam sido em vão, nunca correspondidos, sempre no momento e na hora errados, e que as pessoas que com ele se importavam , não o faziam de uma forma que o fizesse se sentir acolhido.Descobriu também que todo o seu conhecimento não serviria de grande coisa, que conhecer alguém é muito mais eficiente do que simplesmente conhecer.
Resolveu ser ele mesmo, na verdade, descobrir isso. De sua velha vida não levou nada, nem a foto de seu grande amor, deixada para as traças juntamente com o resto de suas coisas,fúteis memórias, pensava. Apartir daquele dia não se preocupou com mais nada, cabelo, barba, apenas com suas necessidades mais primárias.Se privou de qualquer comunicação, virara animal social mudo.
E nessa vida sem música, sem amor, sem sorrir,sem sequer falar, pode ver que mesmo assim vivia muito melhor do que muitos, que nem sonham em ter o que se privou voluntariamente.
Gente que chora até dormir, desiludida.
Seu grande remédio para solidão foi se dedicar verdadeiramente a ela, no mais absuluto breu da solidão pelomenos não há a esperança de que alguém virá para aplacá-la.
Capítulo 219 - Meu problema com a poesia
Há 4 anos
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