quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Desolation row

John era sozinho, ainda que rodeado de pessoas, gritava desesperado através das brumas do sarcasmo por uma mão para lhe puxar da escuridão que dominava seu ser.

As concessões, por vezes monumentais que fazia, deixando-o com toda a sorte de sabores amargos em sua garganta, desde o emasculamento a pura impotência, ele fazia simplesmente para não se quedar na mais absoluta solidão, a física, mesmo que isso lhe causasse imensa dor, logo ali , a 1 cm de profundidade em sua pele, mas ainda que próxima, invisível.

Depois de tanto tempo ver suas emoções represadas para que não vissem sua dor, mas esperando que encontrassem a agonia, resolveu fechar cada brecha, abrir mão de mais sentimentos, se retrair ainda mais, em um ser mais insensível.

Achou por bem se tornar um ser que rumina e lê, uma máquina orgânica que não interage, um cardamomo hidráulico

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