terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um pouco mais do mesmo assunto de sempre

Uma reclamação ouvida na minha academia hoje " Ah, essa música é de abril, é velha" me fez parar para pensar de novo no assunto música/indústria fonográfica.

Desde o última grande expansão do alcance da indústria( já que eles ainda não conseguiram realmente lucrar com esse meio daqui), que foi quando da criação de canais que passam música o tempo todo, se criou também uma necessidade muito maior de sons para preencher esses horários.

Então, passou a existir a necessidade de ter semanalmente, diariamente até, algo novo, que chamasse a atenção para um canal cuja unica função é passar videoclipes, passando-se portanto, a descartar com rapidez o que era "antigo".

Só não combinaram com os artistas, que por motivos lógicos não conseguem produzir músicas como um chinês produz Ipods.Álbuns geralmente demandam tempo e inspiração e, como bandas conciliam estúdio com turnês, dificilmente conseguem lançar mais de um álbum por ano, quando muito.

A relação de consumo com a música mudou, deixando de ser um produto onde se procurava a qualidade, e a esperava ( é só procurar o quão ferrenhas eram as críticas musicais nos anos 50,60 e 70) para ser um produto descartável e, quando se banaliza algo essencialmente inspiracional, sua essência deixa de existir e tudo passa a ser pasteurizado, a emoção do artista , antes parte essencial, virou apenas um algo a mais.

Tudo isso foi um jeito bonito de dizer que a MTV acabou com o rock( e não só ele)


Um comentário:

Raquel M. Linhares disse...

http://www.youtube.com/watch?v=eLSY0uvuz14

ISSO é resultado de tudo que você disse.