sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eu venci o sistema

Sim amigos, ao ver Tropa de Elite 2 , eu venci o corrupto e opressor sistema do império Cinemark.Eles acharam que simplesmente alegar indisponibilidade de ingressos ia me impedir de ver o filme com meu amigo e eventual colaborador desse blog, o Philippe Vasconcelos, eles estavam enganados.

Tudo o que eu tinha a fazer era simples, comprar o ingresso do horário mais próximo e proceder à sala desejada por mim, não por eles.Mas os horários não batiam exatamente, o filme das corujinhas escrotas 3D começava 30 minutos depois, o que me dava tempo de sobra para conseguir um álibi.

Eu sabia como burlar a fiscalização que, em dias lotados fica apenas no térreo, mas ainda assim , caso suspeitassem de mim fui arrumar uma nota fiscal amarela, igual a do ingresso eletrônico que eu tinha.Fui nas Lojas Americanas e comprei Terminator 1 (R$10.00, adorei).

Com tudo certo, entrei no cinema e,logo ao fim das escadas rolantes, livrei-me dos incriminadores ingresso e óculos 3D. A vitória estava próxima.Um fiscal me olhou estranho, não entrei diretamente na sala, fingi que fui ao banheiro e, ao passar por ele, dei meia volta e entrei na sala a tempo de perder exatamente 30s de filme.O sistema pra mim é fichinha, senhor Nascimento.

Bom, sobre o filme, depois de uma semana de exibição nem sobrou muito para falar, mas vou tentar. O filme é genial em mostrar pessoas reais.O governador é o Sérgio Cabral,o Deputado corrupto é o Álvaro Lins, o da TV é o Wagner Montes que, no fim, tem seu personagem condensado com a história do miliciano Gerominho.O deputado honesto que luta pelo que é certo se chama Marcelo Freixo e eu tenho muito orgulho de dizer que ajudei a elegê-lo para o seu segundo mandato na ALERJ.

Tropa de Elite 2 mostra com precisão como as coisas funcionaram no Rio de Janeiro entre 2006 e 2008, apesar , é claro de suas licenças poéticas. A fotografia é muito bem feita, os cenários são reais a câmera que segue os personagens em combate, perfeita em um filme de ação.

Só achei desnecessária a monstrificação final do sistema, botando a culpa ao vento e o colocando como algo exclusivo do poder público, como se interesses corporativos não influíssem em muitas políticas públicas. A culpa é minha,sua, de todo o brasileiro que não elege bem seus representantes e não os policia, que após 1 mês das eleições não faz idéia em quem votou para os cargos legislativos, de suma importância para que um país funcione, ou que se orgulha de votar nulo, como se fosse mudar algo.

Nós somos vítimas do "sistema", mas damos também causa a ele.

ps.Pra quem não entendeu, o Nascimento não é o herói, apenas o protagonista.

ps2. Marcelo Freixo faz uma ponta no filme ele é aluno e está na primeira fileira da aula.Sua ponta é maior que a do Dudu Nobre...


2 comentários:

Tiago Duarte Dias disse...

Viu o Freixo fazendo figuração?

Raquel M. Linhares disse...

Dudu Nobre?
Passou batido...