Tristeza extrema na volta,
lá queria ficar,
novas pessoas, novo tudo,achei um outro lar,
se sua casa é onde fica o coração
de Montréal saí cedo,então
O épico da volta mais mão-de-vaca possível- Metrô de Lucien L'aller até Lionel Griloux,seguido do ônibus 191 para lachine,onde encontrei o 204 para chegar ao aeroporto- gastando nada porque eu estava com meu passe semanal(lá é universal o passe).
O maldito do 204 não chegava nunca e eu não estava preparado para encarar os -12º (Muito obrigado Columbia por aquele incrível casaco),logo eu estava em um processo de picolezação dos bons.Mas estar em um ponto de ônibus enfrente a uma linha de trem(o fim de uma , para dar uma melhorada na minha metáfora) em um lugar menos urbanizado da grande Montréal,onde se podia ter uma daquelas vistas maravilhosas que o inverno todo branco proporciona, foi um fim legal de viagem, que terminou como começou, comigo puto porque a droga do Casaco não esquentava o que prometia(se você está "me"lendo pela 1ª vez não se desaponte pelo não fechamento de pensamentos potencialmente bonitos,este escritor não é tão bom assim)
O Pierre"Mad"Elliot Troudeau foi algo à parte,o chamo de Mad porque é o único aeroporto que eu conheço ou ouvi falar que embarque, desembarque,check-in ,conexões e a esteira de bagagens ocupam o mesmo lugar.Sim,leis da física não foram levadas muito a sério nesse projeto, o que causou um aeroporto bem confuso e caótico
Sair de Montréal foi tranquilo, muita correria,nenhum tempo para pensar na sequencia de acontecidos daquele janeiro mas, quando me sentei na poltrona 41C à caminho de Guarulhos,bateu a tristeza de estar deixando para trás momentos que com certeza não se repetirão.
Esse guri, apesar de ter dado sorte,deu um azar temporal.
Pode não fazer muita lógica , mas quando sabemos que temos um tempo limitado para interagir com essas pessoas e esse lugar, tudo é mais claro e intenso,do jeito que se imagina viver a vida.Ester constantemente com compromissos para o dia seguinte estraga todo o legal do imprevisível viver que nos leva a querer constantemente pisar em terras nunca dante pisadas(plágio de um clichê-poutz, desculpas duplas).
Meu pior pesadelo é passar uma vida atrás de uma mesa de escritório, com pilhas de processos ao meu redor e um monte de partes chatas me importunando,isso é boa parte do motivo da minha vontade de seguir na carreira criminal :Field Trips bem mais legais e numerosas do que em qualquer outra área do direito.
ps.não é só porque falei do fim da viagem que esse foi o último post, os outros já não estavam em ordem cronológica mesmo...
Capítulo 219 - Meu problema com a poesia
Há 4 anos
Um comentário:
Esse aeroporto parece ser bizarro...
E Montreal deve ser lindo, se tiver intercâmbio pela faculdade, pro Canadá, eu com certeza vou me candidatar.
Postar um comentário