quinta-feira, 4 de junho de 2009

The thin ice

Acidentes de grande magnitude e desastres naturais parecem nos afentar de uma maneira diferente do que mortes "comuns"
Seguindo o caminho do por que se sentir dessa forma, primeiramente pensei na mídia e sua cobertura.O mundo não se comoveu pelo massacre de 1 milhão de armênios em 1915 , nem paramos para pensar nas vítimas da estúpida bomba de Hiroxima (sim, Nagasaqui sempre fica de fora, esses nós não pensamos mesmo)Esses todos eram mortes sem rosto, apenas um número com vários zeros em um livro de história,impessoais.
Mas também só ver rostos não basta,muitos tem em suas memórias a imagem da menina vietnamita correndo nua após uma explosão de uma bomba ao fundo, ou ainda da criança africana em estágio terminal de desnutrição com um abutre ao seu lado, esperando sua morte e nem por isso respeitamos um minuto de silêncio.
Sem um mínimo de identificação não há emoção e o distante Vietnã e a nem tão distante mas em quase outro universo (em nossa fujona mente) Serra Leoa fogem totalmente de qualquer ligação com nossa realidade.Até mais do que deveria.
Contudo, o avião , hoje em dia, é meio de transporte até de alguns segmentos da classe C, se tornou uma forma comum de viajar e, não passa um dia em que não vejamos ou ouçamos um avião.Ele é como extremamente próximo à todos.
Eis que nessas horas de tragédia ainda surge o grande vislumbre de o quão frágil e efêmera é nossa vida,aquele desconforto que aparece cada vez que nos deparamos com eventos que simplesmente se resumem a estar no lugar errado, na hora errada.Não há nada que possamos fazer e mudar.

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