Nas horas de tragédia vemos uma faceta terrível de nossa raça - temos esse nojento hábito de qualificar a vida.
Se o falecido antingiu proeminência acadêmica, financeira ou simplesmente viveu como um chic sanguessuga de laudêmios petropolitanos(conhecidos corriqueiramente por família real brasileira, sim eles ainda se consideram isso), sua vida automaticamente é mais importante e vale tão mais que a do pobre piauiense que morreu no rompimento de uma barragem que mal noticiada foi.
Isso foi só elevar a proporções catastróficas doque aconteceu há pouco mais de 15 anos atrás,em Ímola, quando a vida de Roland Ratzemberger, virou decoração de fundo para a morte de Senna.O mundo gira, as pessoas muda,mas é tudo essencialmente a mesma merda.
Termino esse texto parafraseando o secretário de segurança do RJ (pode ter mudado, não sei)
Um tiro em Copacabana é mais importante do que um no Complexo do Alemão
Capítulo 219 - Meu problema com a poesia
Há 4 anos
Um comentário:
Se você qualificar as pessoas por aquelas que você ama ou até aquelas que importam, faz sentido. Mas só por que o cara tá na sucessão de uma coroa que não existe, realmente é absurdo. mas enfim, isso vende mais jornal que a barragem.
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