sábado, 27 de novembro de 2010

A tragédia carioca [3]

O Rio de Janeiro voltou a viver relativa paz nesse sábado, nem nenhuma notícia de incêndio ciminoso em veículos desde o meio da madrugada.

Agora todos os olhos cariocas, e provavalmente brasileiros estão voltados para o complexo do alemão, que está cercado por uma força multidisciplinar, revistando cada pessoa que entra e sai do complexo.

Nessa manhã foi dada a opção de rendição dos bandidos nas seguintes condições- que saissem com sua arma de trabalho por sob a cabeça, em uma rua específica.Dessa forma as forças policiais garantiam a prisão em flagrante por porte ilegal de armas e associação para o tráfico de todos.Os bandidos tem advogados e já devem saber que não é uma ideia muito interessante ter algo entre 6 e 16 anos de prisão somados aos processos que já respondem ou, para os primários, ganharem uma ficha criminal.

Provavelmente por isso, não houve nenhuma rendição nesses termos.

A polícia agora usa da sua posição de vantagem para fazer um jogo psicológico com os bandidos, ameaçam a todo o momento invadir, deixando-os nervosos, apreensivos.Como num cerco de um castelo medieval, comida e água devem estar se tornando recursos parcos para uma gangue tão numerosa ( especula-se algo entre 700 e 1100 homens armados).

É tamanha a desorganização de combate dessa gangue que na hora que a polícia subir, um banho de sangue tome lugar.Se morrerem numa troca de tiros, não há o que culpar a polícia, mas devemos, como sociedade, ficar alertas para execuções que podem tomar lugar nos altos dos morros, onde não haverão lentes.

Não há uma guerra no Rio, a parte opositora não possui organização nem ideal.O que há é o combate a uma gangue armada, não se pode perder isso de perspectiva sob pena de justificar qualquer ato.

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