quarta-feira, 7 de abril de 2010

Water

Eu vi o maior desastre natural na história da minha cidade, muitos morreram, não sei ao certo quantos ainda.

Famílias destruídas, dor, corpos soterrados, algo de fato imensurável. Essas pessoas não são só vítimas de uma tempestade histórica, mas também do poder público, que permite que se instalem em áreas de risco, nunca dando opções mais seguras e de mesmo peso financeiro para essas pessoas, afinal isso não é prioridade.Nunca é.

Em Niterói existem duas metades da cidade, separadas por um maçico, por ele passam duas estradas e nenhuma delas é completamente cercada de muros de contenção.Agora as duas metades da cidade estão totalmente separadas.

Mas isso não é importante, o importante é gastar R$50mi em uma obra ridícula de reasfaltamento, afinal só quem liga pra vida de pobre são os próprios.

2 comentários:

Raquel M. Linhares disse...

Ok, como futura engenheira civil geotécnica já vou logo avisando que fazer obras de contenção ao longo de toda uma estrada é algo meio inviável. O que é de praxe é analisar as áreas de maior risco e investir nelas.
Os engenheiros são "feitos" pra pensar na forma mais rápida e econômica de resolver um problema. Justamente por isso, seria "desperdício de dinheiro" fazer estruturas de contenção em áreas de pouco risco.
Ah, sim, um dia pode chover o dobro do previsto pro mês em uma noite. E aí?
E aí que desliza mesmo. Dimensionar as infra-estruturas (contenção, rede de drenagem, etc) de uma cidade pra um acontecimento tão remoto é algo impensável. Se a gente dimensionasse tudo pra acontecimentos bizarros como esse, aposto que o povo também ia reclamar que "a prefeitura faz obras faraônicas sub-utilizadas".
Vida de engenheiro não é mole não.

Alcysio Canette Neto disse...

ok... não vou falar do que não sei. Mas que não há um plano de abrodagem às areas de risco, não há.

Eu realmente não vejo esse problema como técnico e sim como político, falta de vontade política e de prioridades. Se todas as pracauções tivessem sido tomadas e ainda sim houvessem deslisamentos, ai é porque não tinha jeito.

A cachoeira por exemplo tem longo histórico de quedas e nada é feito por la.