Eles chamam isso de policiamento ostensivo,dizem que isso é para nosso bem já que se fôssemos malfeitores ele estaria lá para prender(ou matar, ou achacar) o dito meliante.Os policiais estão errados, isso não é segurança pública , é assédio moral.
Os fatores que levam o policial a agir assim são conhecidos, não há de fato um treinamento para seu cargo, pedem para que o recém contratado dê alguns tiros e está pronto para as ruas, não recebem qualquer treinamento na área de policiamento, não sabem abordar um cidadão, um suspeito, diferenciar um de outro e, talvez até o pior de todos: não sabem ser educados, te tratam como um preso em flagrante.
Também são submetidos a uma quantidade de estresse altíssima, uma vez que suas vidas são colocadas em risco só por vestir o uniforme da corporação, ainda mais quando tem que incuir em uma favela sob tiros, sem o treinamento necessário.
Mas sinceramente, quem está do outro lado da arma, a um espasmo muscular de uma experiência no mínimo de quase morte, não dá a mínima, o cidadão tem o direito de ser bem tratado pelo agente público, de não ter uma arma apontada a ele por motivo algum.
E o genial disso tudo é que políticas de policiamento "comunitário" como o das UPP, onde o policial, teoricamente, é educado e não agride os moradores de onde ocupa é visto como uma inovação, algo revolucionário. É o poder público fazendo a sua obrigação virar inovação e garantindo a reeleição.
Um comentário:
"Criar dificuldade pra vender facilidade". Tudo hoje em dia se baseia nessa máxima.
Você faz algo simples se tornar complicado só pra poder dizer "Mas eu tenho a solução pra isso!!".
E a gente fica com cara de babaca.
Eu tenho sorte (nessas horas) por ser mulher. Policiais raramente suspeitam de uma menina com cara de boa moça como eu. O outro lado da faca é que ao invés do assédio moral, todas as mulheres estão sujeitas ao sexual.
É.. esse mundo tá perdido.
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