O carro não é uma simples ferramenta para nos levar de A até B, ele é de fato um dos grandes fetiches da raça humana.
Todas as propagandas desde o Ford T sempre alardeavam sobre a liberdade que o automóvel traria, do poder dado ao indivíduo para ir aonde quiser e quando quiser,sem depender dos tão irritantes e coletivos transportes de massa.
E as décadas se passaram, o trânsito das cidades grandes foi indo de lento à parado e se tornou insuportável.Cadê a liberdade?Agora a mesma consiste em escolher em qual via desejo ficar engarrafado, naquela parada quase fúnebre de carros meio que bicromáticos [o meu é do time do prata e preto também] que carregam , em geral, apenas uma pessoa.
O carro também trouxe mais poluição para as cidades, dando a cada cidadão a liberdade de respirar a fumaça do próprio carro e do carro alheio e, agora com o aquecmento global batendo à nossa porta a utilização do automóvel como meio de comutar para o trabalho,principalmente, não pode ser tolerada.
O problema é que os políticos levaram as obras de transporte público nas coxas e suas verbas ao bolso, aumentando o problema ao tornar o carro simplesmente uma necessidade para boa parte da população das metrópoles brasileiras que simplesmente não tem ônibus ou trem perto de suas casas, ou o mesmo não o leva ao destino desejado.
Acaba que tudo fica por isso mesmo, a cada ano mais deles adentram as ruas,a poluição aumenta, as pessoas não chegam aos seus destinos com esse egoísta meio de transporte e a liberdade vira sinônimo de decadência, não só de um modelo de transporte , mas de nós mesmos como raça egoísta.
ps. Eu gosto de carros, só não gosto de dirigir em cidade.
Capítulo 219 - Meu problema com a poesia
Há 4 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário