17 anos na polícia.Gilvan não consegia acreditar que sua condecorada carreira na corporação ia acabar assim:Com um cheque de inválido do INSS.O policial tomou um tiro na perna durante uma tentativa de roubo, e agora , aos 40,se vê preso a uma bengala.
O SUS não conseguiu colocá-lo em um programa de reabilitação,então sua lesão se tornou permanente, seus dias fazendo o que amava estavam terminados.
Ele bem que tentou arrumar um serviço de quartel, mas o comandante do batalhão não o quis lá, sabia que na 1ª emergência ou falta de colega Gilvan estaria dentro de uma viatura.Se Gilvan entrasse na farda, iriam tirar a sua.
Seu mundo acabou,ele ficava angustiado, sem saber o que fazer, até o dia em que sentou na poltrona da sala e ficou admirando o nada, passavam-se horas, dias, e nada.Era como se sua alma estivesse morta.
Janete,sua esposa, fez de tudo para animá-lo,mas ao ver que nada funcionava viu que devia levá-lo ao psiquiatra.Gilvan disse não,e então, com um vigor que não demonstrava há meses bradou:
-Que deem a vaga para alguém que possa recuperar a alma.
Então Janete cuidou do amor de sua vida que estava morto.
Capítulo 219 - Meu problema com a poesia
Há 4 anos
Um comentário:
Seu melhor texto até agora, em termos de conto, parabéns
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