Que eu sou um aficcionado por música, é desnecessário dizer, também desnecessário falar sobre a queda do nível da mainstream music das últimas décadas por assim dizer.
A mídia parece ter simplesmente abandonado o método que adotava desde a década de 50, de promover as bandas que faziam sucesso local, fosse qual som elas produzissem,através de silges e shows, passando ela mesma, a ter suas próprias criações.
Daí surgiram as boy bands , com seus lipsync e letras genéricas que, através de muita promoção midiática, conseguiram seu lugar ao sol por longos anos.O que eles falavam tornou-se o menos importante.
Paradoxo do biscoito são luiz à parte, eu vejo a música como termômetro da juventude e a juventude dos anos 90 e 2000 desceu seu nível de exigência sonora drasticamente, o que reflete a idéia de receber tudo mastigado que se vende em nossa hodiernidade.Não se procura música para apreciar, para pensar daonde o cara tirou esse arranjo, essa letra, o negócio é uma nova música para suplantar a de 3 meses atrás, que se tornou velha, ultrapassada,indesejável.
A complexidade sonora que crescia através dos anos 70 e 80 se perdeu, o teclado deixou de virar um instrumento e virou a tábua de salvação, que preenche todos os espaços com a sua variedade de sons.Não que simplicidade seja ruim, de Beatles à Artic Monkeys,muitas bandas de som mais simplista criaram coisas interessantes,espetaculares.
Existe rock bom, ele ainda vive, o problema é achá-lo, já que ele nunca mais virá até nós.
Capítulo 219 - Meu problema com a poesia
Há 4 anos
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